@PHDTHESIS{ 2025:1036151865, title = {Avaliação da atividade in vitro do ácido tranexâmico e da hidroquinona como adjuvantes em isolados clínicos de cromoblastomicose causada por Fonsecaea pedrosoi}, year = {2025}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/6438", abstract = "A Cromoblastomicose (CBM), micose subcutânea crônica causada por fungos melanizados, como Fonsecaea pedrosoi, foi incluída, em 2017, no rol das Doenças Tropicais Negligenciadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), destacando a necessidade de avanços no diagnóstico e tratamento. Atualmente o tratamento de escolha é o itraconazol (ITR), embora a resposta ainda seja limitada, mesmo quando associado a outros fármacos ou terapias. A melanina, componente importante da parede celular do F. pedrosoi, está associada à maior virulência e resistência aos tratamentos. A via de síntese da melanina humana e fúngica é bastante semelhante. Nesse sentido, esse estudo, avaliou, in vitro, o efeito da hidroquinona (HQN) e do ácido tranexâmico (ATX), agentes despigmentantes utilizados no tratamento do melasma, em dois isolados clínicos de Fonsecaea pedrosoi FpJW e FpBR, isoladamente e em associação ao ITR. Além disso, investigou-se, in silico, a interação molecular do ATX em comparação com HQN e Ácido Kójico (KOJ) com alvos da via da melanina, por meio de dockagem molecular. Determinou-se a concentração inibitória mínima (CIM) e a concentração fungicida mínima (CFM) dos fármacos por microdiluição em caldo, com leitura visual. A interação entre ITR e HQN foi avaliada pelo método Tabuleiro de Xadrez. A CIM do ITR foi de 2μg/mL, para FpJW e 0,5μg/mL para FpBR. Além disso, a HQN demonstrou efeito citotóxico e fungicida com CIM e CFM iguais a 780μg/mL para ambos os isolados, mesmo não sendo um antifúngico clássico. A associação HQN + ITR resultou em efeito aditivo, com redução de até 50% da CIM da HQN e de até 1/32 da CIM do ITR para FpJW e 1/16 para FpBR, evidenciando pela primeira vez o efeito da HQN sobre a espécie fúngica e tornando possível seu uso como adjuvante em tratamento do CBM. Além disso, por se tratar de um fármaco tópico e por ter apresentado efeito fungicida, em casos específicos como os de pacientes hepatopatas, com restrição de uso de terapias sistêmicas, torna-se uma possibilidade de tratamento isolado. Sugere-se, ainda, que ao associar HQN ao ITR seja possível reduzir o tempo de tratamento da doença, incluindo possível reposicionamento do fármaco. A análise in silico demonstrou que o ATX interage com alvos da melanogênese com padrão de ligação semelhante aos da HQN e do KOJ, sugerindo possível ação inibitória da melanina, dando suporte à manutenção do uso desse fármaco como opção terapêutica no melasma, pois sugere fortemente que há ação direta na síntese da melanina, fato ainda pouco elucidado na literatura. Este é o primeiro estudo conhecido a demonstrar, in vitro, o potencial da hidroquinona como adjuvante no tratamento da Cromoblastomicose. A HQN, por ser de uso tópico, baixo custo e segurança já estabelecida, surge como uma alternativa promissora. Os resultados inovadores ampliam o horizonte terapêutico da CBM e reforçam a importância do reposicionamento de fármacos em doenças negligenciadas. Além disso, é o primeiro estudo a comparar in sílico a ação do ATX ao KOJ e HQN e demonstrar ação direta na via de síntese da melanina, elucidando os efeitos clínicos já amplamente relatados na literatura.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE/CCBS}, note = {DEPARTAMENTO DE MEDICINA I/CCBS} }