@MASTERSTHESIS{ 2025:1911869138, title = {ANÁLISE ESPAÇO-TEMPORAL DA MALÁRIA EM INDÍGENAS NO BRASIL DE 2013 A 2022}, year = {2025}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/6422", abstract = "A malária é uma doença infecciosa que ocorre principalmente nas regiões tropicais e subtropicais do planeta, oferecendo risco a cerca de 40% da população mundial. Sua ocorrência está fortemente relacionada a falta de acesso a serviços de prevenção e tratamento, e tem as comunidades indígenas como uma população em situação de vulnerabilidade devido as suas particularidades socioculturais. Diante desse contexto, o objetivo deste estudo foi analisar a distribuição espaço-temporal dos casos da malária em indígenas no Brasil de 2013 a 2022. Trata-se de um estudo ecológico de dados secundários. A população do estudo são os casos novos da malária notificados em indígenas por município de infecção de 2013 a 2022. Os dados da pesquisa foram coletados através da plataforma do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica (SIVEP-Malária). Após a extração e criação da planilha Excel com o banco de dados, realizou-se o cálculo do indicador de Incidência Parasitária Anual (IPA) da malária. A análise espacial dos dados foi realizada com a criação da matriz de vizinhança entre os municípios. Para observar a existência de autocorrelação espacial, foi calculado o Índice de Moran Global, em seguida, foi calculado o Índice Local de Moran para delimitação de aglomerados de risco. Para o estudo da tendência utilizou-se o modelo de regressão linear generalizada de Prais-Winsten. A análise dos dados foi realizada nos softwares QGis e GeoDa. Durante o período analisado, foram identificados 443.171 casos da malária em indígenas, que estavam identificados por município de infeção no Brasil. A quase totalidade desses casos (99,6%) concentrou-se na região Norte do país, com destaque para os estados do Amazonas, Roraima e Pará, que possuem alta concentração populacional indígena. Considerando a IPA, a distribuição dos casos seguiu um padrão semelhante ao longo dos 10 anos analisados, com ampla concentração na região amazônica, predominantemente em áreas classificadas como de alto risco. A tendência da doença foi estável na maior parte dos estados brasileiros, e a análise espacial dos aglomerados, após a aplicação do Índice de Moran, revelou um padrão com poucos aglomerados ao longo do período, mas com persistência desses em diferentes padrões na região Norte, coincidindo, em alguns casos, com áreas de intensa ação antrópica. A manutenção da região amazônica como uma região endêmica e da persistência da elevada concentração de casos reforça a necessidade da implementação de ações resolutivas que una esforços de saúde pública, cuidado e manejo ambiental sustentável e respeito aos direitos das pessoas indígenas no Brasil.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE E AMBIENTE/CCBS}, note = {DEPARTAMENTO DE FARMÁCIA/CCBS} }