@MASTERSTHESIS{ 2025:489028468, title = {PREVALÊNCIA, FATORES DE RISCO E DESFECHOS CLÍNICOS ASSOCIADOS À DESNUTRIÇÃO EM PACIENTES HOSPITALIZADOS}, year = {2025}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/6413", abstract = "A alta prevalência de desnutrição hospitalar, seja como causa ou consequência do agravamento das condições clínicas do paciente, tem sido relatada como um importante problema de saúde pública em diversos países, especialmente por sua associação com desfechos indesejáveis, como maior tempo de internação e aumento dos custos hospitalares. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi analisar a prevalência de desnutrição, seus fatores de risco e a associação entre alterações do estado nutricional e desfechos clínicos em pacientes hospitalizados. Para tal, realizaram-se dois estudos, uma revisão integrativa da literatura e um estudo descritivo em um hospital público em São Luís, Maranhão. O primeiro estudo consistiu em um levantamento bibliográfico, realizado a partir das bases de dados MEDLINE, SciELO, LILACS, Google Scholar e Web of Science, incluindo 16 estudos publicados entre os anos de 2019 e 2024. Em seguida, foi conduzido um estudo descritivo, de natureza transversal e abordagem quantitativa, incluindo 80 pacientes com idade entre 18 e 87 anos, internados em enfermarias de um hospital público. A coleta de dados ocorreu em três etapas: a) revisão de prontuários; b) aplicação de questionário à beira leito, para rastreio de informações nutricionais e identificação de fatores de risco associados a desnutrição; c) avaliação do estado nutricional, por meio do Índice de Massa Corporal (IMC) e da aplicação dos critérios Global Leadership Initiative on Malnutrition (GLIM). Os dados obtidos foram tabulados e analisados estatisticamente com auxílio do software SPSS. A revisão de literatura revelou taxas de prevalência de desnutrição variando entre 15,3% e 65,1% em diferentes regiões do Brasil. Os fatores de risco para desnutrição hospitalar relatados no levantamento bibliográfico foram idade avançada, menor escolaridade, baixa aceitação da dieta, presença de sintomas como náuseas, vômitos, inapetência e disfagia, além de tempo de internação prolongado. No estudo descritivo a prevalência geral de desnutrição, constatada pela ferramenta GLIM, foi de 58,8%, com diferença significativa entre adultos (46,8%) e idosos (72,7%) (p=0,011). A presença de baixo IMC foi fortemente associada à ocorrência de desnutrição pelos critérios GLIM entre os adultos (p=0,003) e idosos (p=0,002). Os fatores de risco mais prevalentes foram a perda de peso não intencional nos últimos três meses (51,3%) e a diminuição do apetite durante a internação (51,3%). A média de tempo de internação para pacientes desnutridos foi de 32,5 dias (± 18,6). Além disso, esses pacientes apresentaram maior probabilidade de desfechos adversos, como óbito (75%) e transferência para Unidade de Terapia Intensiva (17,4%) (p=0,047). Esses achados evidenciam que a desnutrição é uma condição altamente prevalente no ambiente hospitalar, com importantes implicações clínicas. Dessa forma, a triagem de risco nutricional precoce, assim como a avaliação nutricional detalhada, é essencial para o estabelecimento de protocolos eficazes de tratamento e prevenção da desnutrição durante a internação e a diminuição de agravos relacionados.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE E AMBIENTE/CCBS}, note = {DEPARTAMENTO DE FARMÁCIA/CCBS} }