@PHDTHESIS{ 2023:1933387236, title = {DIOCESE NO SERTÃO: A colonização espiritual do Piauí Amazônico - freguesias, capelas e justiça eclesiástica no século XVIII}, year = {2023}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/6334", abstract = "Por muito tempo, a história do Piauí foi retratada na historiografia oficial a partir das ações realizadas por sujeitos interessados em expandir os modos de produção econômica pelos sertões, bem como por agentes da Coroa dispostos a aumentar fronteiras e agenciar indígenas. No entanto, a historiografia negligenciou o papel realizado por agentes eclesiásticos no processo de ocupação do Piauí. Os poucos trabalhos existentes a respeito da Igreja durante o período colonial possuem filiação com a própria instituição, além de não apresentarem um rigor metodológico que discuta fontes e que seja capaz de dar conta de importantes questões. Esta tese visa demonstrar qual foi o papel dos bispos no processo de conquista e expansão colonial portuguesa na capitania do Piauí durante o século XVIII. O foco principal da pesquisa destaca o desdobramento das ações dos bispos de Olinda, e principalmente do Maranhão, rumo ao Piauí. Até 1723, essa região pertenceu ao bispado de Pernambuco, mas, a partir de 1724, através da bula papal Inescrustabili coelesti Patris, ela foi transferida para a jurisdição da diocese de São Luís. A pesquisa busca explicar como a complexa construção de uma malha diocesana no Piauí esteve atrelada aos processos de colonização dos Estados do Maranhão e do Brasil, e como a Coroa Portuguesa projetou a anexação do território citado ao bispado do Maranhão, com o objetivo de fortalecê-lo. O bispo D. Frei. Manuel da Cruz teve um importante papel nesse processo, sendo também um dos primeiros bispos daquela diocese a realizar visitas pelos sertões do Piauí. Partindo dessa experiência, o antístite organizou seu trabalho em prol da consolidação e expansão do bispado do Maranhão rumo ao leste do seu território a favor dos interesses da Coroa. A documentação do Arquivo Histórico Ultramarino referente às capitanias do Piauí, Maranhão e Pernambuco ajuda a compreender a atuação da Igreja no Piauí. A documentação foi selecionada, organizada cronologicamente e interligada buscando alcançar a colonização a partir das entradas dos colonizadores, revelando os problemas de jurisdição e a posse do território pelo Maranhão. Ainda como escopo documental, este estudo utilizou séries documentais de provisões episcopais, visitas pastorais, processos do Auditório eclesiástico compreendidos entre os anos de 1741 a 1780. O material é parte integrante do arquivo eclesiástico do bispado do Maranhão. Desse modo, é possível perceber a expansão dessa malha diocesana no Piauí através da jurisdição maranhense.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA/CCH}, note = {DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA/CCH} }