@MASTERSTHESIS{ 2025:205559417, title = {“É difícil o contacto entre mim e o meu ser”: figurações do topos do “inimigo de mim” na lírica de Nauro Machado.}, year = {2025}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/6244", abstract = "Este trabalho se propõe a investigar a presença do topos literário “inimigo de mim” na poesia a partir do século XX, sobretudo na lírica de Nauro Machado. Sua origem remonta ao século XV, com o poeta espanhol Jorge Manrique, sendo, no entanto, cristalizado por Sá de Miranda no célebre “Comigo me desavim”. No Cancioneiro Geral de Garcia de Resende, de acordo com o levantamento feito por Geraldo Augusto Fernandes (2020), há cerca de 30 poemas que apresentam o tema. Entretanto, pode-se observar, em alguns deles, sobretudo na cantiga “Comigo me desavim” de Sá de Miranda, uma guinada egocêntrica – uma cisão subjetiva mais existencial. Esse aspecto inovador do tema justifica o salto temporal estabelecido no corpus deste trabalho, pois aventa-se a hipótese da relação entre o referido topos e a temática da fragmentação do eu na poesia do século XX. A escolha da obra poética de Nauro Machado se deu pela constância de temas de um eu em conflito. Nesse sentido, propõem-se paralelos entre a cantiga de Sá de Miranda e e suas variantes nos séculos XVI, XX e XXI e a lírica de Nauro Machado, por meio da investigação tópica do “inimigo de mim”, com o intuito de averiguar suas ressignificações, deslocamentos, variações e marcas que sirvam como indício de uma reconfiguração do topos em questão. A discussão teórica está fundamentada nos estudos de Antonio Donizeti Pires (2007) sobre a tópica literária, e de Marcia Arruda Franco (2018) e Geraldo Augusto Fernandes (2020) a respeito da recepção da cantiga mirandina nos séculos XVI e XX; nos estudos de Carlos Felipe Moisés (2001), Hauser (2007) e Cassirer (2001) a respeito da colocação do problema no contexto histórico-filosófico pós renascentista e da perspectiva do maneirismo. Sobre o corpus de Nauro Machado, fez-se o levantamento da fortuna crítica do autor, sobretudo os estudiosos da questão do sujeito na poética nauriana, a saber, Ricardo Leão (2020) e Antonio Aílton (2020). Nesse sentido, objetiva-se traçar um breve panorama do topos e suas relações com o tema da cisão do eu na lírica de língua portuguesa, com a análise do corpus quinhentista (Sá de Miranda, Camões, Bernardim Ribeiro, Baltazar Estaço, entre outros), moderno (o ortônimo de Fernando Pessoa, Sá-Carneiro) e contemporâneo (Geraldo Carneiro, Ferreira Gullar e Nauro Machado).", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS - Campus Bacanga}, note = {DEPARTAMENTO DE LETRAS/CCH} }