@MASTERSTHESIS{ 2025:2129852004, title = {AQUISIÇÃO DO PORTUGUÊS COMO SEGUNDA LÍNGUA POR FALANTES DA LÍNGUA ZE’EGETE: As interferências da língua materna no uso dos verbos ser/estar à luz da análise contrastiva}, year = {2025}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/6229", abstract = "Este estudo tem como objetivo analisar a interferência da língua materna Ze’egete no processo de aprendizagem do português como segunda língua na comunidade indígena Felipe Bone (território indígena, no município de Jenipapo dos Vieiras-MA), considerando as diferenças entre as línguas no tocante às conjugações verbais ser/estar. Para esta finalidade, utilizamos como referencial teórico os estudos de Paiva (2014), Lado (1957 apud Durão, 2004), Santos Gargallo (1993a; 1993b), Corder (1992; 1967), Selinker (1972), Lado (1957) e Fries (1945). Trata-se de um estudo de caso qualitativo e interpretativista, com aplicação de questionário sócio-escolar e realização de exercícios sobre o objeto de pesquisa. A pesquisa foi conduzida em duas etapas principais: a primeira consistiu em um levantamento bibliográfico sobre o povo Guajajara e sua língua, enquanto a segunda envolveu uma pesquisa de campo, realizada em três encontros. Durante a etapa de campo, foram aplicados quatro exercícios escritos sobre as conjugações verbais de “ser” e “estar” para investigar como ocorre a interferência da língua materna na aprendizagem do português entre estudantes do terceiro ano do ensino médio. Além disso, foram aplicados questionários com o propósito de avaliar o processo de ensinoaprendizagem e entender o contexto socioeducacional da Aldeia Felipe Bone. Esses questionários permitiram uma análise mais ampla do contexto em que os aprendizes estão inseridos, trazendo à luz questões culturais e educacionais específicas que influenciam o processo de aquisição da L2. Entre os principais resultados obtidos dos aprendizes guajajaras, foram os desafios significativos na execução dos exercícios que envolviam conjugações dos verbos “ser” e “estar” em português. Observou-se que o verbo “iko” (equivalente ao “estar”) na língua materna Ze'egete utiliza apenas prefixos pronominais, sem as flexões que correspondem às variações de conjugação presentes no português e por não haver um equivalente direto do verbo “ser” em Ze'egete — apenas uma condição de estado ligado a “estar”, os aprendizes tendem a recorrer às construções de sua língua materna, o que gera dificuldades ao lidar com os paradigmas irregulares da conjugação em português. Com a aplicação das teorias de Corder (1967) e Fernández (1990) sobre análise de erros, foi possibilitada uma visão detalhada das dificuldades estruturais que surgem ao aprender a L2. Especialmente na conjugação dos verbos “ser” e “estar”, em que a irregularidade no português complica o processo de internalização por parte dos aprendizes guajajaras.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS - Campus Bacanga}, note = {DEPARTAMENTO DE LETRAS/CCH} }