@MASTERSTHESIS{ 2025:143057188, title = {O SENTIDO DO SER APÓS A PERDA DE UM FAMILIAR POR COVID-19: Um estudo filosófico}, year = {2025}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/6221", abstract = "A pandemia da covid-19 causou mudanças no sistema familiar e revelou questões profundas sobre mortalidade e luto, sobre o sentido da existência e do ser humano no mundo, exigindo uma compreensão filosófica sobre como as pessoas enfrentam e encontram sentido em suas experiências de perda. O estudo objetivou compreender os sentidos e significados da vida após a perda de um familiar por covid-19. Estudo qualitativo, fenomenológico, desenvolvido no domicílio dos familiares, em junho a setembro de 2024, tendo como referencial teórico metodológico Martin Heidegger. De acordo com o círculo hermenêutico heideggeriano foram identificadas seis unidades de significado: O “ser-tranquilo” frente a ameaça de não ser; O ser que não consegue "ver-ficar-com"; O ser-estar diante de uma "perda dolorosa"; O ser que "nem pode se despedir"; O ser frente ao "novo-trabalho-à-mente" e O ser que "pertence-a-Deus". As repercussões na vida do familiar confrontam a aparente segurança de sua existência, tornando-se fatídicas na construção do sentido do ser. A situação ameaçadora de ter um familiar com covid-19 atemoriza e ressignifica o modo de ser e direciona para o enfrentamento consciente, evitando a inesperada perda que desafia a tranquilidade frente ao “não ser”. Diante da morte de seu ente, o familiar confronta o ser com a finitude da vida, marcado pela impossibilidade de "ver-ficar-com", sendo privado do cenário essencial de despedida, o que gera a sensação de impotência e amplia o sofrimento emocional, causando angústia. Esse vazio existencial dificulta o luto e agrava a sensação de solidão e fragilidade existencial, intensificando o ser-estar diante de uma “perda dolorosa”, causando sofrimento pela dor silenciada e pela impossibilidade de “que nem pode se despedir”. Emerge o "novo-trabalho-à-mente", em que o familiar busca uma ocupação como forma de distração, numa tentativa de evitar o confronto direto com a dor e a angústia. E, para encontrar um novo sentido à vida, como estratégia de superação, transforma a própria existência diante da ausência, tensão e provação, descortinando a sua libertação, o que configura na sua essência espiritual, buscando a fé no "ser que pertence-a-Deus". A pandemia covid19 revelou não apenas a profundidade da experiência do luto frente à perda de um familiar, mas a força transformadora na própria existência. O estudo integra a reflexão sobre o luto, a finitude e o papel da filosofia na saúde.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM/CCBS}, note = {DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM/CCBS} }