@MASTERSTHESIS{ 2025:1015948784, title = {Reflexões filosóficas acerca das violências e sua relação com os valores morais/sociais a partir do ensino de Filosofia em uma turma de Educação de Jovens e Adultos (EJA) de uma escola de Barcarena/PA}, year = {2025}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/6215", abstract = "Este trabalho tem como objetivo evidenciar a contribuição do ensino de Filosofia para o desenvolvimento da análise crítica de estudantes de uma turma da modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA) acerca da relação existente entre os valores e os fenômenos de violência que afligem sua comunidade e a escola. Para tanto, destacaremos primeiramente o panorama brasileiro atual das violências em meio escolar com recorte dos últimos cinco anos a fim de ressaltar o aumento dos números, mas também a defasagem de dados oficiais, o que contribui com a insegurança geral. Atrelado a isto, evidenciamos as novas modalidades das violências contemporâneas à luz da Filosofia de Byung-Chul Han, que defende a ideia de uma atualização das formas de violência, em que passaram de manifestações macrofísicas (visíveis e abertamente expressas) para microfísicas (discretas e implícitas), fato que se tornou fundamento do mal estar geral e contribuiu para o aumento do cansaço, depressão, ansiedade e em última instancia fragiliza todo o sistema social até culminar em ruptura dos laços sociais que provocam mais violência. A partir destas evidências ressaltamos a fragilidade do ideal ético moderno e as inseguranças atuais como um empecilho na construção de um horizonte moral contemporâneo devido a grande dispersão humana e à quebra de filiação social. Para responder a esse cenário, trazemos Emmanuel Lévinas e sua Ética da Alteridade como forma de recuperar o sentido das relações intersubjetivas com foco no Outro, na responsabilidade e na relação desinteressada. Em Lévinas a questão da violência se encontra em uma instancia não somente física, mas é consequência da negação do Outro como infinitamente outro, ou seja, da compreensão do outro como objeto que deve caber em moldes criados fundamentalmente pela Filosofia tradicional a fim de conte-lo em conceitos. Esse entendimento se aproxima de Byung-Chul Han, pois nos dois filósofos a ideia de conter a humanidade do outro resulta em violência e instabilidade moral. A ética da alteridade pode mudar, se não o cenário concreto atual, pelo menos o entendimento que temos do outro para que se alcance maior sensibilidade moral. A pesquisa adotou uma abordagem qualitativa, por meio de uma pesquisa-ação, utilizando como instrumentos de coleta de dados questionários semi-estruturados, observações em sala de aula, produções escritas dos alunos e análise de cartas ao professor. Como resultado, a análise revelou que os estudantes identificam diferentes formas de violência como parte do cotidiano e, em muitos casos, reproduzem discursos que naturalizam essas práticas. Após as intervenções filosóficas, foi possível observar uma ampliação da capacidade crítica dos alunos em relação aos valores morais e sociais que sustentam essas violências. Os resultados apontam para a importância do ensino de Filosofia como meio de provocar reflexões éticas fundamentadas na responsabilidade com o outro, contribuindo para a formação de sujeitos mais conscientes e atuantes.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM REDE - MESTRADO PROFISSIONAL EM FILOSOFIA/CCH}, note = {DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA/CCH} }