@MASTERSTHESIS{ 2024:1309698972, title = {Contribuições do feminismo negro para repensarmos a educação a partir de vivências com estudantes de uma escola municipal de Imperatriz Maranhão}, year = {2024}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/6193", abstract = "A presente dissertação, sob o título “Contribuições do Feminismo Negro para repensarmos a Educação a partir de vivências com Estudantes de uma Escola Municipal de Imperatriz- Maranhão”, é a materialização de uma trajetória de autoconhecimento e de insurgência negra feminina no que se refere a ponderar o compromisso educacional frente a realidade subalternizada que as mulheres negras vivenciam cotidianamente na sociedade brasileira. Tendo por objeto de estudo o Feminismo Negro, o trabalho se justifica pela complexa relação interseccional entre gênero, raça e classe, que nos leva a compreender o racismo, o sexismo, o machismo e as classes sociais como estruturantes das relações sociais brasileiras e construtores de desigualdades, inserindo-se também no ambiente escolar, que tanto pode agir para a manutenção desse cenário quanto pela transformação, pela libertação social ao trazer as lutas contra-hegemônicas para dentro de suas práticas pedagógicas. Assim, os objetivos que guiaram o estudo são “analisar como o Feminismo Negro pode contribuir para a construção de uma educação com ênfase nas questões raciais”; “explicitar como o feminismo negro se apresenta em minha história de vida”; “conceituar racismo, machismo, feminismo, feminismo negro e interseccionalidade como base para a compreensão da trajetória de lutas das mulheres negras”; “compreender como o feminismo negro pode contribuir de forma epistemológica para a educação”; e “desenvolver atividades fundamentadas no Feminismo Negro de modo a subsidiar a produção de fanzine educativo”. Para tanto, Vilma Piedade (2017), Nilma Lino Gomes (2010; 2017), bell hooks (2023), Lélia Gonzáles (1979; 2011), Carolina Pinho (2022) e outras intelectuais foram cruciais para a trajetória de pesquisa realizada tanto no momento de elucidações teóricas quanto para embasar as intervenções realizadas na escola/campo, possibilitando assim uma firmeza teórico-metodológica, até mesmo prática, para interpretar as vivências produzidas ao longo do estudo. Na metodologia fizemos uso da Pesquisa (Auto)biográfica em Educação, da Pesquisa Bibliográfica e da Pesquisa de Campo, a partir da abordagem qualitativa, com foco em quatro momentos de contato direto com 41 estudantes do 9o ano de uma escola pública municipal de Imperatriz, Maranhão, durante o ano de 2023. De maneira geral, a trajetória da pesquisa e de vivências no percurso do mestrado possibilitou um enriquecimento epistemológico pessoal e contribuições nas perspectivas social, acadêmica, educacional e profissional, tendo por fio condutor o repertório epistemológico do feminismo negro para a educação escolarizada, possibilitando que descortinemos as mazelas sociais que subjugam as mulheres negras, e ao mesmo tempo potencializemos práticas educacionais que se guiam pela equidade e pela justiça social. Mesmo que de forma tímida, as alunas e os alunos que participaram da pesquisa nos trouxeram bases importantes para inferirmos que a educação, sem generalizações, não vem cumprindo com sua função social de humanizar nossa sociedade, pelo contrário, vem atendendo a estrutura hegemônica, como pontua Gomes (2017). Desta forma, o estudo nos mostra a necessidade de continuarmos atuando na contra-hegemonia educacional, trazendo visibilidade às vivências negadas, empoderando aquelas e aqueles que não se veem representandas/os, a necessidade de, juntamente com os conhecimentos produzidos pelo feminismo negro, esperançarmos por uma educação libertadora.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO E PRÁTICAS EDUCATIVAS - PPGEPE}, note = {COORDENAÇÃO DO CURSO DE PEDAGOGIA/CCIM} }