@MASTERSTHESIS{ 2025:1462304008, title = {LIVRO DIDÁTICO E DISCURSO PEDAGÓGICO: O que dizem os livros de língua portuguesa sobre essa relação em diferentes tempos}, year = {2025}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/6174", abstract = "O presente estudo é uma investigação sobre a relação entre discursos pedagógicos e materiais didáticos para o ensino de Língua Portuguesa, voltados para crianças nos anos iniciais, em diferentes períodos históricos. Partimos do entendimento de que o Livro Didático (LD) transcende sua função como suporte educacional, constituindo-se como uma materialidade discursiva, um enunciado responsivo e situado em um contexto específico. A investigação busca responder a seguinte indagação: Como o discurso pedagógico se estabelece na escola a partir dos livros didáticos de Língua Portuguesa em diferentes tempos históricos? O objetivo geral consiste em: analisar os discursos pedagógicos que orientam a elaboração e circulação de cartilhas e livros didáticos de Língua Portuguesa, voltados para crianças nos anos iniciais, em diferentes períodos históricos, especificamente, 1967 e 2021. Os objetivos específicos consistem em: traçar uma linha do tempo sobre o livro didático no Brasil; explorar os sentidos de discurso pedagógico no ensino de língua em diferentes tempos; discutir sobre as concepções de linguagem, leitura e escrita que orientam os materiais didáticos para alfabetização. Como objeto de análise, foram delimitados dois livros: a “Cartilha Caminho Suave”, de 1967, amplamente adotada nas turmas de Alfabetização, que dialoga com as políticas educacionais e o discurso da ditadura militar, e o livro de Língua Portuguesa “A Conquista”, para turmas do 1º ano do Ensino Fundamental, produzido em 2021, largamente adotado nas escolas públicas brasileiras, e que dialoga com as políticas educacionais e o discurso democrático dos tempos atuais. Metodologicamente, apoiamo-nos na perspectiva de uma pesquisa exploratória e documental, fundamentada em estudos enunciativos do Círculo Bakhtiniano e em teorias da aprendizagem, de Paulo Freire. Com relação ao aporte teórico, mobilizaram-se os trabalhos de Bittencourt (2004) sobre a linha do tempo do livro didático no Brasil; de Volóchinov (2017) a despeito dos enunciados responsivos e sociohistoricamente situados; de Bakhtin (2016) no que tange à linguagem como atividade dialógica; de Freire (2004) sobre discurso pedagógico e pedagogia da autonomia; de Geraldi (2005) sobre as concepções de ensino de língua. Os resultados mostram que materiais didáticos são alheios a qualquer ideia de neutralidade, pois respondem aos períodos históricos e às políticas educacionais. De cartilha a livros didáticos, há mudanças não apenas na denominação, mas nos discursos sobre o que ensinar, como ensinar e para quem ensinar, há mudanças na concepção de língua e na formação de leitores. As mudanças refletem as políticas, mas também refratam sentidos.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS - Campus Bacabal}, note = {DEPARTAMENTO DE LETRAS/CCH} }