@MASTERSTHESIS{ 2025:791943772, title = {O ENEM A PARTIR DE 2010: A DISCURSIVIZAÇÃO EM TORNO DO ACESSO À EDUCAÇÃO NO BRASIL}, year = {2025}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/6153", abstract = "Esta pesquisa de Mestrado situa-se na vertente materialista da Análise de Discurso e se propõe a investigar quais discursos estão em funcionamento nas propagandas oficiais do Prouni 2012, Enem 2013, 2014, 2015, 2017 e 2020 e como esses discursos se articulam com outras materialidades discursivas, analisando os efeitos de sentidos produzidos e (re) significados. Trata-se de um estudo composto a partir de um corpus heterogêneo, organizado a partir em 23 materialidades significantes, 10 imagéticas e 13 linguísticas retiradas das propagandas oficiais do Enem e Prouni e de outros elementos como charges, paródias e entrevistas. Sendo assim, o objetivo desta pesquisa é compreender quais discursos estão em funcionamento nas propagandas oficiais e como esses discursos se articulam com outras materialidades discursivas, analisando os efeitos de sentidos produzidos e (re) significados. O percurso foi delineado a partir dos seguintes objetivos específicos: compreender como e quais discursos estão em funcionamento nas propagandas oficiais; Identificar as regularidades discursivas nas propagandas oficiais do Enem e do Prouni na última década; Analisar a construção linguística e imagética das propagandas, investigando como elas contribuem para a produção de sujeitos e de sentidos; Analisar como as diferentes materialidades discursivas (re) significam os discursos apresentados nas propagandas oficiais, considerando os processos sociais e históricos. Para alcançar os objetivos, nos fundamentamos nas discussões da Análise de Discurso de vertente materialista, proposta por Michel Pêcheux (1997 [1969]; 2011, 2015 [1983]; 1997 [1975]; 1990), e Eni Orlandi (2012, 1981). Também nos ancoramos nos estudos de Suzy Lagazzi (2021; 2007), ao explorar a potência da imagem como tecnologia política de linguagem que afeta o sujeito; Mónica Zoppi-Fontana (2005; 2011, 1999) com as discussões sobre lugar de enunciação e a cidade como espaço simbólico; Barbosa (2003) com o conceito de meritocracia; Courtine (1999) e a memória discursiva; Thierry Guilbert (2020) e o modo de funcionamento do discurso neoliberal na publicidade e nas propagandas, entre outros autores. Com base nas análises compreendemos que os discursos sobre o acesso à educação é um espaço de tensões, onde os discursos neoliberais, meritocráticos, jurídicos e os de igualdade e inclusão coexistem e se confrontam. Também podemos observar que embora os discursos, as práticas e as políticas frequentemente evidenciam contradições que ainda reforçam as desigualdades, a implementação das políticas de acesso, como o sistema de cotas, o Sisu e outros políticas representam um marco na história da educação brasileira, sendo impossível ignorar os resultados positivos do Enem, porém devemos reconhecer que sozinho, ele mantém as lógicas dos velhos vestibulares.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS - Campus Bacabal}, note = {DEPARTAMENTO DE LETRAS/CCH} }