@PHDTHESIS{ 2024:1126055477, title = {Caracterização morfofuncional e molecular da transmissão intergeracional da esteatose hepática em um modelo de exposição materno fetal ao consumo excessivo de sacarose}, year = {2024}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/6019", abstract = "Condições adversas no metabolismo durante os estágios iniciais da vida estão ligadas a um maior risco de doenças crônicas não transmissíveis, conforme fundamentado no estudo sobre Developmental Origins of Health and Disease (DOHaD). O consumo excessivo desses açúcares durante a gravidez por parte das mães tem efeitos negativos nos indicadores metabólicos de saúde de seus filhos. A Síndrome Metabólica (SM), que se manifesta no fígado como doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA), tem sido associada ao aumento no consumo de açúcares adicionados. Este trabalho busca investigar os mecanismos metabólicos que levam à instalação precoce da esteatose hepática na prole de ratas expostas a uma dieta rica em sacarose (DRS) durante o período perigestacional. Foram utilizadas ratas fêmeas (Rattus novergicus) alimentadas com DRS ou dieta padrão por 12 semanas. A exposição à dieta abrangeu os períodos de pré-concepção, gestação e lactação. Após o desmame, a prole foi alimentada com uma dieta controle, sendo subdividida em dois grupos: os que foram eutanasiados aos 30 ou 90 dias de vida. Foram avaliadas características ponderais, morfológicas e bioquímicas das mães (F0) e descendentes, além de análises moleculares realizadas nos descendentes. A geração F0 DRS no período pré-gestacional apresentou diferenças significativas no peso durante o período perigestacional de forma pontual e menor peso do fígado quando comparado ao grupo CTR, além disso apresentou hipertrigliceridemia, aumento no índice de TyG e no teste oral de tolerância à glicose (GTT). Não foi observado esteatose hepática nas mães. No que se refere a prole (fêmeas e machos) os descendentes das mães DRS apresentaram aumento no peso corporal na prole de machos. A prole de fêmeas expostas à DRS apresentou, aos 30 dias, diferenças significativas no peso dos ovários e pâncreas em comparação ao grupo CTR. Nos machos, aos 30 dias, houve um aumento significativo na gordura periepididimal e, aos 90 dias, na gordura retroperitoneal em relação ao grupo CTR. Ambos os sexos, aos 30 e 90 dias, desenvolveram esteatose hepática. Nas fêmeas, houve aumento dos triglicerídeos hepáticos aos 30 dias e maior acúmulo de gordura no fígado aos 90 dias, enquanto nos machos, aos 90 dias, também foi observado aumento dos triglicerídeos hepáticos. As fêmeas apresentaram maior expressão de genes lipogênicos, como FASN aos 30 e 90 dias e PPAR-γ aos 90 dias, além de genes de beta-oxidação, como PGC1α e PPAR-α especialmente aos 90 dias. Em contraste, os machos mostraram uma redução na expressão de PPAR-γ. Este estudo revelou que a exposição perigestacional das ratas a uma dieta rica em sacarose causou importantes alterações metabólicas nas mães e seus descendentes, destacando a instalação precoce de esteatose hepática e mudanças na expressão de genes ligados à lipogênese, especialmente nas fêmeas. As respostas adaptativas diferiram entre os sexos, particularmente na regulação de genes lipogênicos e no acúmulo de gordura no fígado. Esses achados reforçam a importância de estratégias preventivas durante o período perigestacional, evidenciando os impactos adversos do consumo excessivo de sacarose na saúde metabólica materna e na programação metabólica da prole, com implicações específicas de sexo.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE/CCBS}, note = {DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS FISIOLÓGICAS/CCBS} }