@MASTERSTHESIS{ 2024:432826033, title = {Análise espaço-temporal do desmatamento no estado do Maranhão no período 1986-2023}, year = {2024}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/5886", abstract = "A expansão e celeridade dos impactos ambientais em razão do avanço do desmatamento vêm sendo o responsável pela degeneração dos domínios naturais, afetando toda a dinâmica ambiental em diferentes escalas geográficas. No território maranhense o desmatamento vem ocasionando reduções expressivas nos biomas Cerrado e Amazônico, em diferentes proporções. Partindo desse pressuposto, o trabalho teve como objetivo analisar o padrão de desmatamento e seus efeitos na dinâmica ambiental do Estado do Maranhão, nas áreas do bioma Amazônico e Cerrado a partir das categorias Floresta e Não Floresta. A quantificação do desmatamento foi realizada com base em análise dos dados de uso, cobertura e desmatamento do Mapbiomas e dos dados extraídos das imagens de satélites em uma análise temporal compreendida no período de 1985 a 2023. A pesquisa revelou que o desmatamento segue um processo histórico com diferentes realidades e intensidades. No bioma amazônico se evidenciaram os planos, programas e projetos desenvolvimentistas para a região que impulsionaram o desmatamento. Já o cerrado precede o período colonial, com marcos na década de 1950 com o surgimento de Brasília e a política de expansão agrícola, que impulsionaram estudos e investimentos, transformando o cerrado em uma área de grande potencial agrícola. O Maranhão nesse contexto revelou que o desmatamento está articulado as relações políticas e econômicas, sendo comprovada a predominância do avanço da pecuária no Estado em toda série temporal. No bioma amazônico a pecuária teve crescimento consecutivo na maior parte da série, no entanto, no bioma cerrado a área da pecuária teve um avanço maior, alcançando maior percentual no ano de 2023. A segunda atividade que vem avançando no Estado é a soja, na qual vem ganhando relevância a partir do ano de 1990 até os dias atuais, abrangendo principalmente a área do bioma cerrado. Já a silvicultura ocupa áreas relevantes a partir de 1988, quando foi analisado nos biomas, identificou-se que no cerrado a atividade vem desde o ano de 1986. Tais atividades favoreceram a redução das áreas dos biomas, a área Florestal teve uma perda de 56,25% e a área natural Não Florestal perdeu 29,01% no Estado. Quanto ao desmatamento no território maranhense observou-se que na área florestal o desmatamento ocorreu em maior proporção nos primeiros anos da série temporal, no entanto apesar da redução apresentada em alguns anos, no ano de 2023 apresentou um aumento de 21,11% em relação ao ano de 2022. Na área natural Não Florestal a realidade foi oposta, nos primeiros anos da série o desmatamento foi menor, porém vem aumentando gradativamente, com maiores percentuais nos anos de 2020, 2022 e 2023. O desmatamento está articulado a diversos impactos, dentre os quais o trabalho expôs a perda da biodiversidade, os distúrbios pluviométricos, o aumento da temperatura, que consistem em extremos climáticos, que está ligado principalmente a emissões de CO². No Estado as emissões são resultantes, em primeiro lugar, da mudança de uso da terra e floresta, seguida pela atividade agropecuária, colocando o Estado no 9º lugar em emissões na série analisada. Desse modo, faz-se necessário a urgência da articulação entre os poderes econômicos e políticos a fim de se estabelecer metas para redução do desmatamento no Estado, com o propósito de desacelerar os eventos climáticos.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA (PPGGEO)}, note = {DEPARTAMENTO DE GEOCIENCIAS/CCH} }