@MASTERSTHESIS{ 2024:742798862, title = {OS NOVOS TEMPOS: O olhar satírico de Leandro Gomes de Barros}, year = {2024}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/5796", abstract = "O início da Primeira República foi marcado por muitas mudanças, pois nesse período aconteceu a transição do governo monárquico para o republicano. O país passou a adotar o sistema do presidencialismo, houve uma maior busca por industrialização e ideais de modernização estavam em voga, principalmente com a chegada da Belle Époque. Além disso, ocorreu o fim do padroado, ou seja, a separação entre a Igreja e o Estado. O poeta popular Leandro Gomes de Barros (1865–1919), muito atento às modificações que chegavam à sociedade, não deixou de repassar ao seu público essas “novidades” e fez isso por meio das suas lentes satíricas, que mostravam um olhar, por vezes, de reprovação aos novos tempos. Observando isso, selecionamos para o corpus dessa pesquisa os seguintes cordéis: A secca do Ceará [19-], A Alma de um fiscal [19-], Pannellas que muitos mexem [19-], O fiscal e a lagarta [19-], O governo e a Lagarta contra o fumo [19-], O imposto e a fome [1909], O povo na cruz [19-], Padre Nosso do Impôsto [19-]. Nesses folhetos, o poeta manifesta sua insatisfação com o aumento dos impostos, com os mandos e desmandos do governo e seus representantes, a exemplo do fiscal, e com a disparidade entre as regiões do país. Já nos cordéis As cousas mudadas [19-], As Saias calções [1911?] e o Bataclan moderno [19-], os versos apresentam críticas às mudanças, principalmente em relação às mulheres, suas vestimentas e comportamentos. Em O diabo confessando um nova seita [19-], a narrativa mostra a sátira aos protestantes, e em Affonso Penna [1906] e Os collectores da Great Western [19-] verificamos críticas ao avanço do imperialismo inglês. Nessa pesquisa, nosso objetivo geral foi analisar a sátira ao governo republicano na obra de Leandro Gomes de Barros. Os objetivos específicos foram: entender o contexto histórico da produção dos folhetos; compreender as motivações que levaram o poeta a criticar não só o governo republicano, mas também outros referentes do seu contexto; verificar como essas perspectivas críticas são construídas em termos de construção poética; e analisar os recursos estéticos da sátira presentes nos folhetos selecionados. Para isso, dividimos esse trabalho em três capítulos: no primeiro, expomos algumas conceituações do que seria a sátira e as formas que essa modalidade pode apresentar; no segundo, analisamos a sátira ao governo republicano; no terceiro, verificamos brevemente as críticas à moda e à emancipação feminina, ao avanço do imperialismo inglês e ao protestantismo. Ao final desta dissertação, notamos que Gomes de Barros usou da sátira para criticar medidas, injustiças e favorecimentos realizados pelo governo republicano e seus representantes, como também mostrou sua aversão ao moderno ligado ao poder público e outros elementos sociais.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS - Campus Bacabal}, note = {DEPARTAMENTO DE LETRAS/CCH} }