@MASTERSTHESIS{ 2024:904937133, title = {DA MATA AO CENTRO: Lideranças Femininas e Quebra de Coco Babaçu na Amazônia Maranhense}, year = {2024}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/5782", abstract = "Esta pesquisa tem como objetivo investigar e analisar as trajetórias das mulheres quebradeiras de coco dos povoados de Petrolina, São Felix e Coquelândia, localizados na Estrada do Arroz, zona rural da cidade de Imperatriz – MA. Destacando como a quebra de coco babaçu e os conflitos resultantes desta atividade conduziram para o protagonismo das mulheres na luta para permanecer desempenhando este trabalho. Evidenciamos, como a necessidade de continuar a quebra de coco foi importante para a formação da mobilização social e política, que colaborou para que as quebradeiras de coco fossem reconhecidas e se reconhecessem como sujeitas de luta. Todo o trabalho é orientado tendo como referência a seguinte questão: como a necessidade de defesa do acesso às palmeiras, contra as diversas tentativas de proibição ao longo dos anos por diferentes agentes externos, estabeleceu o seu protagonismo social e político? Utilizamos como método a história oral, e como fonte pesquisa lançamos mão de bibliografias existentes sobre o tema, utilizamos também como recurso metodológico o ponto de vista das mulheres por meio de conversas, participação em reuniões e entrevistas. Apresentamos as histórias de resistência, através da vivência contada, destacando esta como um ponto importante na construção da memória das quebradeiras que permitiu entender a construção de suas identidades enquanto quebradeiras e lideranças, ao expor suas experiências as mulheres transformam vivências em linguagem (Alberti 2006, 2013). Como base teórica foram utilizadas autoras e autores que partem de uma perspectiva decolonial para pensar o trabalho e suas relações, assim temos Aníbal Quijano (2005), Enrique Dussel (2005), Marcelo Rosa (2014); Patricia Hill Collins (2019) e bell hooks (2019) que nos auxiliam a pensar o lugar da mulher na sociedade assim como a importância da autodefinição como estratégia de emancipação. Conceitos relacionados ao feminismo camponês e popular são pensados a partir da colaboração de Calaça, Conte e Cinelli (2018). Discutimos ainda os saberes insubmissos dessas mulheres, construídos a partir de existências e da luta constante contra o fluxo continuo das relações de poder que surgem a partir do colonialismo, usando como base para análise as autoras Ângela Figueiredo (2020), Donna Haraway (2009), Maria Lugones (2014) e Lélia Gonzalez (1983, 1988 e 2020). Diante das fontes analisadas, nota-se que as mulheres quebradeiras se entendem enquanto sujeitas de transformação e que o trabalho com o babaçu é elemento importante no processo de construção de suas identidades, que é perpassada pelas lutas que as fizeram ser quem são. Assim a subjetividade do ser quebradeira para essas mulheres passou a ter sentido quando compreenderam que estavam tentando fazer com que elas, e seus saberes, deixassem de existir. Dessa maneira, as possibilidades das informações resultantes dessa pesquisa permitiram conhecer o processo de construção dos saberes que formam essas lideranças, assim como, suas estratégias de auto preservação, suas relações de trabalho e de sociabilidade.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SOCIOLOGIA - PPGS - Imperatriz}, note = {COORDENACAO DO CURSO DE LICENCIATURAS EM CIENCIAS HUMANAS IMPERATRIZ/CCSST} }