@PHDTHESIS{ 2023:1248712003, title = {NASCIMENTO MORAES, UM NARRADOR DOS SUBALTERNOS: Interpretações acerca da Alteridade, (Des)igualdade e 'Diferença' em São Luís do Pós- abolição e início da República (c. 1880-1915)}, year = {2023}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/5670", abstract = "A tese intitulada NASCIMENTO MORAES, UM NARRADOR DOS SUBALTERNOS: Interpretações acerca da Alteridade, (Des)igualdade e 'Diferença' em São Luís do Pós-abolição e início da República (c. 1880-1915), busca entender a visão social e histórica de Nascimento Moraes expressa em "Vencidos e Degenerados" (1910). O estudo se concentra na representação da alteridade, desigualdade e diferença entre os subalternos de São Luís durante a fase do Pós- abolição e da nova República. Busca-se compreender como, na transição entre os séculos XIX e XX, Nascimento Moraes escreveu acerca da vida dos subalternos do seu tempo, especialmente os negros e mestiços: libertos, livres pobres, operários e intelectuais subalternos. O objetivo é dar visibilidade discursiva e histórica a esses indivíduos marginalizados devido à contínua estruturação da colonialidade. No âmbito metodológico, a análise do romance é conduzida no contexto da intersecção entre história e literatura, sob uma perspectiva de crítica literária e discursiva. A abordagem epistemológica baseia-se nas reflexões de teóricos da de(s)colonialidade, tais como: Fanon (2008) Mbembe (2001; 2014; 2017) Spivak (2010), Mignolo (2003) Quijano (2000; 2005; 2009) e Dussel (1993). Todos esses pensadores, adotam uma postura crítica ao eurocentrismo da colonialidade, focalizando questões da alteridade, desigualdade e diferença, a partir das epistemologias que surgem das cicatrizes das histórias, vivências e memórias dos colonizados. Nesse panorama, Nascimento Moraes desafiou o imaginário colonial moderno. A sua obra "Vencidos e Degenerados" vai além de mera literatura; representa um ato de justiça histórica, que propõe um deslocamento das narrativas colonizadoras, na reinterpretação do seu próprio tempo, dando voz aos sujeitos aos quais foram negados o direito de “narrar” sua “existência”. O trabalho de Nascimento Moraes é um chamado à reconfiguração social, ética e humana, reforçando a necessidade de considerar a alteridade e de combater a estruturação violenta da desigualdade e diferença no tecido social e cultural da sociedade ludovicense. Sua escrita libertária insere-se em um novo lócus epistêmico de enunciação ontológica, uma gnose liminar, em vista de uma autoinscrição de si, do outro e do mundo, para que os espaços de fala conectado aos processos justos de emancipação cidadã sejam verdadeiramente inscritos na história de São Luís.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA/CCH}, note = {DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA/CCH} }