@MASTERSTHESIS{ 2023:887148589, title = {ASPECTOS DA APRENDIZAGEM E PRODUÇÃO ESCRITA DO PORTUGUÊS PELOS SURDOS: um enfoque na concordância verbal}, year = {2023}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/5631", abstract = "Esta pesquisa de dissertação visou compreender casos de não concordância verbal na escrita do português pelos surdos. Partimos da premissa de que os “erros” na escrita dos surdos têm relação com inadequações na oferta de ensino do português nas escolas inclusivas. Assim, realizamos este estudo cujo objetivo geral foi: analisar o modelo adotado pela educação inclusiva para o ensino de português para estudantes surdos, numa escola da rede pública, de São Luís do Maranhão e seus impactos na escrita produzida pelos surdos. Por conseguinte, fundamentamo-nos em pesquisas que abordam a concordância verbal do português, a concordância verbal na língua de sinais brasileira-doravante Libras, a interlíngua, o ensino do português para estudantes surdos, a Educação Bilíngue de Surdos e a educação inclusiva. Entre essas, encontram-se estudos de Crato e Cárnio (2009), Dorziat e Araújo (2012), Selinker (1972, apud Paiva, 2014), Streiechen e Krause-Lemke (2014), Alves et al. (2015) e Faria-Nascimento et al. (2021), entre outros. A metodologia da pesquisa foi embasada nas discussões de Gil (2008) e Paiva (2019) pelos quais realizamos uma pesquisa de campo, por meio de um estudo de caso. A geração dos dados ocorreu por meio de entrevistas com os professores de português, intérpretes de Libras e os estudantes surdos e, também, por meio da análise da produção escrita e concordância verbal. A abordagem da pesquisa foi mista (qualitativa e quantitativa). A análise dos dados gerados nos levaram às seguintes constatações: os professores de português não possuem formação adequada em Libras. O IEMA não possui um cronograma estabelecido para o AEE1 para estudantes surdos. Há casos de intérpretes ensinando português durante o AEE. Os professores, por sua vez, não empregam o letramento visual em suas aulas. Os métodos de ensino não abordam as especificidades da concordância verbal entre a Libras e o português. Os estudantes surdos não são proficientes em português escrito em vista das inadequações no ensino. Entre os sete estudantes surdos, matriculados na escola da pesquisa, apenas um demonstrou proficiência para escrever. A análise da única produção escrita coletada com sucesso evidenciou que o estudante surdo possui conhecimentos relativamente satisfatórios nos níveis lexical, morfológico e sintático do português e seu texto também apresenta elementos de coesão e coerência textual. Das 6 sentenças produzidas, houve tentativa de concordância verbal em duas; em uma, não houve emprego dos verbos e, em três sentenças foram empregados verbos no infinitivo. A produção escrita deste estudante também apresentou características de interlíngua, pois dos cinco verbos empregados, três deles foram escritos no infinitivo, dois dos quais são classificados como verbos sem concordância na Libras, evidenciando transferências de estruturas linguísticas de uma língua para a outra (da Libras para o português escrito). Como resultado foi possível identificar que o modelo de ensino na escola campo para o estudo de caso (instituição que segue os parâmetros da educação inclusiva) não oferece ensino satisfatório do português aos surdos, o que acarreta, entre outros aspectos, o não emprego de concordância verbal em sua produção escrita.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS - Campus Bacanga}, note = {DEPARTAMENTO DE LETRAS/CCH} }