@MASTERSTHESIS{ 2024:246599046, title = {Impacto da infecção por Helicobacter pylori na glicemia e resistência à insulina de pacientes com sintomas dispépticos}, year = {2024}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/5595", abstract = "Estudos sugerem que a infecção por Helicobacter pylori pode aumentar a incidência de doenças metabólicas, mas a relação entre essa infecção e distúrbios glicêmicos é controversa. O objetivo deste estudo foi analisar a relação entre a infecção por H. pylori com a glicemia e índice triglicerídeo-glicose em pacientes com sintomas dispépticos. Estudo transversal com pacientes indicados ao exame de endoscopia digestiva alta. Foram realizadas entrevistas para coleta de dados socioeconômicos, avaliação antropométrica e coleta de sangue para exames laboratoriais, além de consulta a prontuários para investigar os diagnósticos endoscópicos e infecção por H. pylori. Glicemia de jejum, hemoglobina glicada e triglicerídeos foram analisados em amostras de sangue coletadas após jejum de 8 horas. A classificação glicêmica seguiu as Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2019-2020. O índice triglicerídeo-glicose foi calculado para investigar resistência à insulina. Aplicou-se o teste qui-quadrado de Pearson para verificar associação entre variáveis, medindo o efeito pela razão de chance. O teste de Mann-Whitney comparou variáveis, e o coeficiente de correlação de Spearman foi usado para correlacionar a infecção por H. pylori com os biomarcadores glicêmicos. Considerou-se p < 0,05 como significante. Analisaram-se cem pacientes de um serviço público de endoscopia no Nordeste do Brasil. Pacientes com idade inferior a 45 anos e tabagistas tiveram menores chances de serem classificados como normoglicêmicos. Pacientes do sexo masculino, com idade inferior a 45 anos, tabagistas e com formação escolar inferior a 8 anos apresentaram os índices triglicerídeo glicose mais elevados. Aqueles com idade menor que 45 anos tinham níveis mais elevados de glicemia de jejum. Pacientes com idade inferior a 45 anos e tabagistas apresentaram os maiores níveis séricos de hemoglobina glicada. Os pacientes dispépticos que tinham índice de massa corporal maior que 25kg/m2 , parâmetros de circunferência de pescoço e circunferência de cintura elevados, com os mais altos índices triglicerídeo-glicose. Aqueles com elevados parâmetros de circunferência de cintura e relação cintura-quadril tinham níveis de hemoglobina glicada mais elevados. Os pacientes diagnosticados com pangastrite apresentaram maiores níveis de glicemia de jejum. Aqueles não infectados por H. pylori tinham índices triglicerídeo glicose e glicemia de jejum mais elevados que os infectados. Quanto aos biomarcadores glicêmicos, observou-se relação positiva e estatisticamente significativa entre glicemia plasmática e presença de HP. Ao estudar a densidade desses achados, verificou-se naqueles com infecção positiva para H. pylori uma maior concentração de dados em menores valores de glicemia em relação aos casos negativos. Ademais, a presença de outliers foi maior nos dados dos pacientes saudáveis. Não houve correlação entre hemoglobina glicada e infecção por H. pylori. Verificou-se uma correlação estatística significante entre o índice triglicerídeo-glicose e a infecção por H. pylori. Pacientes infectados por H. pylori apresentaram menores índices triglicerídeo-glicose que os não infectados. A hiperglicemia e a resistência à insulina em pacientes dispépticos são influenciadas por sexo, idade, escolaridade, tabagismo e distribuição de gordura corporal e não estão relacionadas à infecção por H. pylori. Portanto, incluir a verificação dos parâmetros glicêmicos na assistência à saúde dos pacientes dispépticos contribuirá para o rastreio da hiperglicemia e a prevenção de complicações como o diabetes.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE E TECNOLOGIA}, note = {DEPARTAMENTO DE MEDICINA II/CCBS} }