@MASTERSTHESIS{ 2024:201981217, title = {O ser-profissional de enfermagem em tempo de covid-19: desvelando fenômenos psicossociais e do trabalho}, year = {2024}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/5242", abstract = "A pandemia por covid-19 impactou a vida pessoal e o trabalho dos profissionais de enfermagem. Diante do cenário e para lidar com as intempéries apresentadas, houve a necessidade de ressignificação do “ser humano” e do “ser enfermagem” que enfrentou o novo e desconhecido, buscando a si mesmo, a partir de si mesmo. O estudo objetivou compreender os fenômenos psicossociais e do trabalho dos profissionais de enfermagem durante a pandemia por covid-19. Trata-se de um estudo qualitativo, desenvolvido no Centro Obstétrico do Hospital Universitário Materno Infantil da Universidade Federal do Maranhão. O referencial teórico-metodológico utilizado foi a Fenomenologia de Martin Heidegger. A coleta de dados foi realizada nos meses de maio e junho de 2023, totalizando 23 profissionais de enfermagem, sendo 11 enfermeiros e 12 técnicos de enfermagem. Os profissionais de enfermagem relataram suas experiências com intensas transformações. O momento compreensivo possibilitou a identificação de sete unidades de significado: 1. O ser- enfermagem e covid-19; 2. O ser-doente com covid-19; 3. O ser-psicológico e covid-19; 4. O ser-trabalhador e covid-19; 5. O ser-família e covid-19; 6. O ser-social e covid-19 e 7. O ser- enfermagem pós-covid-19. O ser-enfermagem e covid-19 desvela a dimensão ôntica e traz o vivido de forma assustadora, permeado de desconhecimento, temor e insegurança e a dimensão ontológica vinculada a sua existência cotidiana, pois como “seres-de-cuidado” são também “seres-no-mundo”. O ser-doente com covid-19 sujeitos ao adoecimento revela a angústia e o medo do obscuro, das incertezas, de contrair a doença, da morte, com pensamentos direcionados ao cuidar de si e do outro. O ser-psicológico e covid-19 enfrentou tensões que ocasionaram ansiedade, estresse e esgotamento emocional agravados pela dor, sofrimento, distância, morte e perdas, enxergando-se impedido de cumprir as possibilidades de sua vida. O ser-trabalhador e covid-19 vivenciou a sobrecarga de atividades, a ausência do colega, o aumento da responsabilidade que significou amargura, percepção de vazão e debilidade, uma negatividade em sua experiência, que sempre representou cura, cuidado e reabilitação. O ser-família e covid-19 revelou o medo de contaminar seus familiares e a preocupação em dar-lhes atenção, cuidado e alterou a sua interação, solidariedade e afetividade, favorecendo a reflexão sobre sua existência e transcendência. O ser-social e covid-19 deparou-se com mudanças na rotina social, impondo um afastamento físico e mudando o seu cotidiano, na incerteza de voltar ao convívio com o outro de maneira segura e confortável e esse isolamento trouxe uma mudança na sua postura. O ser-enfermagem pós- covid-19 ressignificou a nova realidade imposta pela consciência dos fatos e condições de trabalho transformando drasticamente o seu ser, a sua profissão, as práticas de cuidado, a rotina do serviço e as relações interpessoais, descobrindo acepção de suas preferências e prioridades. Constatou-se que os profissionais da enfermagem vivenciaram sentimentos de angústia associado ao medo do desconhecido, da doença, da morte e da incerteza diante do futuro e relataram mudanças significativas em si mesmo, no outro, na afetividade de suas relações interpessoais, no cuidado e na enfermagem de forma nítida, fazendo-os refletir diante de um cenário trágico, sobre a sua própria consciência, existência e finitude, voltando-se a apropriar-se da responsabilidade de fazer a si mesmo e ao outro e assumir a angústia dos seus diversos modos-de-ser como possibilidade de vida.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM/CCBS}, note = {DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM/CCBS} }