@PHDTHESIS{ 2020:546550512, title = {ECOLOGIA DE FLEBOTOMÍNEOS EM ÁREAS RURAIS ANTIGAS E RECENTES, COM DIFERENTES GRAUS DE DESMATAMENTOS FLORESTAIS, EM BIOMA DE CERRADO DO ESTADO DO MARANHÃO}, year = {2020}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/4397", abstract = "A leishmaniose tegumentar americana (LTA), doença inflamatória do tegumento e/ou das mucosas, é uma doença endêmica no estado do Maranhão, em especial nos povoados inseridos na região do Bioma Cerrado. As extensas áreas de cerrado dos municípios de Chapadinha e Barreirinhas vêm sofrendo degradação pelos processos de ocupação humana como a urbanização, agricultura, pecuária, produção de carvão, entre outras atividades, favorecendo a ocorrência da LTA por eliminação ou redução dos habitats naturais tanto para reservatórios como para os vetores. Nesse sentido, o trabalho buscou investigar aspectos ecológicos da fauna flebotomínica em ambientes antropogênicos e silvestres no Bioma do Cerrado. Foram capturados flebotomíneos em fragmentos florestais e em ambientes peridomésticos de duas áreas florestais dentro do bioma cerrado nos municípios de Barreirinhas (área antiga) e Chapadinha (área recente). As coletas ocorreram durante os anos de 2012 e 2014. O estudo resultou na coleta de 21.708 espécimes e 33 espécies de Lutzomyia e 2 de Brumptomyia. A riqueza e abundância das espécies foram maiores na área mais conservada (31 espécies; 61,7%) do que na mais degradada (17 espécies; 38,3%). Os machos predominaram sobre as fêmeas tanto na área antiga (machos: 60,35%; fêmeas: 39,65%) quanto recente (machos: 56,95%; fêmeas: 43,05%). Observa-se que na área antiga as espécies dominantes foram L. longipalpis (47,52%), L. whitmani (27,34%) e L. evandroi (5,03%), L. trinidadensis (3,17%) e L. lenti (3,15%). Na área recente, as duas espécies dominantes foram às mesmas (L. longipalpis: 38,03%; L. whitmani: 23,89%), mas houve mudança na ordem de dominância das espécies seguintes, a partir do terceiro posto, com L. lenti (22.94%), L. acanthopharinx (4,23%), L. termitophila (3,52%), L. goiana (2,21%) e L. evandroi (2,2%). Na área recente, mais conservada, a riqueza de espécies de flebotomíneos foi maior na floresta (30 espécies) do que nos intradomicílios (12) e peridomicílios (21). Ao passo que na área antiga, onde a vegetação é mais degradada, a riqueza foi maior nos peridomicílios (17) do que na floresta (16) e intradomicílio (12). No computo geral a abundância foi maior na estação chuvosa em ambas localidades, diminuindo na transição com a estação seca, voltando a aumentar no final desta última estação, evidenciando clara sazonalidade. Esses resultados indicam que a abundância foi significativamente maior nos peridomicílios e muitas espécies podem ser encontradas em todos os meses do ano, mas a riqueza e abundância são maiores na estação chuvosa, quando os índices pluviométricos e de umidade são mais elevados e as médias de temperatura mais amenas. Este estudo mostrou que o desmatamento que causa degradação florestal afeta a estrutura da comunidade dos flebotomíneos, pois a riqueza de espécies aumenta na floresta conservada e diminui na floresta degradada; enquanto a abundância diminui na floresta degradada e aumenta nos ambientes peridomiciliares dos assentamentos. Esse resultado requer urgência no desenvolvimento de políticas públicas de conservação florestal e monitoramento e vigilância entomológica nas áreas estudadas.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOTECNOLOGIA - RENORBIO/CCBS}, note = {DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA/CCBS} }