@MASTERSTHESIS{ 2019:1774375318, title = {O adultério como tática de subversão do matrimônio por parte das matronas no Alto Império romano a partir da parenética satírica dos Epigramas, de Marcial, Sátiras, de juvenal e Satiricon, de Petrônio (Séculos I A.E.C. – II D.E.C.).}, year = {2019}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/3689", abstract = "O presente trabalho tem como foco de análise as matronas romanas e o cometimento de adultérios no período do Principado de Roma. Mediante a condenação de intercursos sexuais ilegítimos praticados pela materfamilias, através da retórica epigramática, poderemos visualizar o modo como a sociedade em questão enxergava o casamento sagrado e os laços com o passado ancestral. Esse passado ancestral, amparado no mos maiorum (valores dos antigos), estaria representado nas gens e, por conseguinte, haveria tentativas de controle para que a ordem de rebentos não fosse adulterada e perturbasse as divindades. Essas tentativas estratégicas de controle poderão ser vistas nos escritos latinos de Petrônio, com Satiricon; Marcial, com Epigramas; e Juvenal, com Sátiras. Ovídio, com Amores, se torna um caso à parte, devido sua poesia não possuir julgamentos morais visando propriamente a condenação de adultérios. No entanto, com este documento é possível entendermos questões que perpassam a vigilância sobre a mãe de família e a ideia de reservar o corpo da jovem para a procriação legítima. As leis de Augusto sobre casamento e adultério se fazem pertinentes à discussão devido ao estabelecimento de regras e normas. Normas que definiam, em teoria, um cerceamento às relações carnais fraudulentas, mas que na prática hodierna, como pontua Michel de Certeau, a norma sofria embates e enfrentamentos. Essa poesia parenética do rethor será entendida como ideológica e, desse modo, M. Bakhtin e P. Ricoeur são trazidos para um diálogo em que a ideologia gira em torno do poder, e as palavras, planejadamente escolhidas, cumpririam uma função ideológica moral e sagrada. Juntamente com estes autores o pensamento de M. Foucault se faz presente sobre as relações de poder e o discurso como estratégico, além de pensarmos as memórias, na concepção de Jacques Le Goff, como fabricadas no bojo das relações de força.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA/CCH}, note = {DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA/CCH} }