@MASTERSTHESIS{ 2021:960415125, title = {Memórias e Etnogênese das comunidades quilombolas do território do Caruma, Pinheiro, Maranhão.}, year = {2021}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/3570", abstract = "Situada na microrregião da Baixada Maranhense, Pinheiro apresenta um elevado número de comunidades auto identificadas quilombolas. A investigação incide sobre a antiga Fazenda e Engenho Caruma, agora território Caruma, especificamente no povoado Caruma e em suas relações com os quilombos vizinhos: Pirinã, Pacoã, Proteção e Sudário, objetivando registrar seus suportes de memória e identidades emergentes do povoado Caruma e das quatro comunidades citadas, por meio do método histórico, especificamente da micro-história, e da etnografia, aqui entendido como um método-teórico duplo. A pesquisa está pautada na crítica de uma antropologia pós-moderna, na qual experiencio e descrevo por meio de estudos de campo que estão envolvendo observações, vivências, mapeamentos dos lugares de memória e entrevistas. Pretendendo compreender qual o papel das memórias, com foco na memória coletiva, na eclosão da atual etnogênese do povoado Caruma e a relação, diante de uma possível vinculação paternalista, com os Guterres, antiga família proprietária da fazenda e engenho, abarcando as relações nas fronteiras identitárias e memoriais com os demais quilombolas e com agentes externos que ameaçam a posse de seus territórios. Como resultado, destaca-se que não somente o paternalismo possui relação central com a identidade quilombola no povoado Caruma e nos outros quilombos vizinhos, mas também as relações aqui chamadas de memórico afetivas, experienciadas somente pelo povoado Caruma, levando à autodefinição de Terras de Herdeiros; ainda, a etnogênese é o próprio e principal recurso operacional contextual acionado para a defesa da terra, para a manutenção da vida e de direitos básicos dessas comunidades e, não obstante, prova-se que Pinheiro possui uma história escravista que precisa ser mais pesquisada em prol do desvelamento epistêmico das narrativas oficiais e dominantes que silenciam essa memória negra, bem como em relação aos indígenas que habitavam esse lugar. Reforço, portanto, que tais memórias e grupos nunca deixaram de existir, e que quando friccionadas pelas urgências do presente, recontam a si mesmas, e revigoram.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CULTURA E SOCIEDADE/CCH}, note = {DEPARTAMENTO DE OCEANOGRAFIA E LIMNOLOGIA/CCBS} }