@MASTERSTHESIS{ 2020:2116274911, title = {Educação e diversidade de gênero: experiências escolares de travestis em São Luís-Ma}, year = {2020}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/3350", abstract = "Atribui-se o entendimento de identidade de gênero como as identificações subjetivas ao que se compreende como características femininas e masculinas, ou como fruto das desconstruções sociais de que o sexo biológico é o definidor das identidades, comportamentos, gostos pessoais e desejos sexuais dos indivíduos. Opor-se às percepções biologicistas, na maioria das vezes, resulta na compreensão de fuga da normalidade social, tendo as exclusões como respostas às tentativas de exercer o direito de existência. Entre os meios excludentes, destacam-se os ambientes escolares, que gozam do discurso de serem palco do encontro das diversidades, mas se restringem quando encontram-se diante das discussões sobre a diversidade de gênero, como a necessidade de pensar uma educação inclusiva às travestis. Sabe-se que, desde seus primórdios, a escola desempenhou um papel a serviço da padronização de pensamento, modos e distinção de sujeitos, através de seus mecanismos de ordenação, hierarquização e classificação. O presente estudo buscou, portanto, compreender de que forma se dá a relação da educação com a diversidade de gênero a partir das experiências escolares de travestis e suas repercussões em seus processos de subjetivação, objetivando, com isso, levantar uma análise das experiências escolares de travestis problematizando as relações da educação com a diversidade de gênero e, consequentemente, discutindo a história da relação entre educação e diversidade de gênero na sociedade brasileira, relacionando as experiências escolares de travestis e suas repercussões no processo de subjetivação e refletindo sobre perspectivas de uma educação que compreenda diversidade de gênero a partir dos discursos das travestis. Para isso, foi desenvolvido um estudo classificado como pesquisaação, com abordagem qualitativa, entrevistando três travestis que vivenciaram o sistema educacional de São Luís, independentemente do nível escolar (se fundamental, médio ou superior), através de um questionário semiestruturado, com entrevistas gravadas e transcritas fidedignamente, inspirando-se nos conceitos de Foucault sobre a análise do discurso para realizar a análise de dados. Notou-se, assim, que a passagem de pessoas que confrontam as normas biologicistas de gênero na escola, são marcadas por vivências excludentes e capazes de interferir na construção subjetiva de suas identidades e convívio social, restringindo suas perspectivas de futuro e oportunidades trabalhistas. Entretanto, embora lhes tenha sido uma ambiente aversivo, reconhecem a importância da educação formal, propondo uma urgente necessidade do sistema escolar se reformular para que garanta o direito do acesso e permanência de todas as pessoas, opondo-se a todas as formas de discriminação e normatização das expressões individuais. Por fim, o presente estudo discorre para além das experiências escolares, apresentando-se como motivação para o desenvolvimento de novos estudos e o aprofundamentos de diversas discussões.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA/CCH}, note = {DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA/CCH} }