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Tipo do documento: Dissertação
Título: A língua brasileira de sinais na ilha de São Luís: um estudo sociolinguístico de variação lexical
Título(s) alternativo(s): Brazilian Sign Language on the Island of São Luís: A Sociolinguistic Study of Lexical Variation
Autor: AZEVEDO, Renan Pires 
Primeiro orientador: SANTOS, Wendel Silva dos
Primeiro membro da banca: SANTOS, Wendel Silva dos
Segundo membro da banca: RODRIGUES, Angélica Terezinha Carmo
Terceiro membro da banca: LOPES, Shisleny Machado
Resumo: Compreendendo que as línguas de sinais atravessam processos de variação e mudança linguística, assim como as demais línguas naturais, este trabalho analisa a variação na sinalização de itens lexicais para os campos semânticos referentes animais, comidas, convívio, cores, corpo humano, frutas, profissões e vestuário e acessórios, por indivíduos surdos residentes na ilha de São Luís, no Maranhão. O estudo que aqui se desenvolveu, considerou as características sociais dos participantes, ao buscar verificar se há variação na sinalização nos campos semânticos acima mencionados, de modo a permitir a observação de que se há distintas maneiras de sinalização para o mesmo referente, de maneira que configure como um fenômeno de variação lexical, de fato, como variante de uma mesma variável, ou, se ao contrário, devam ser compreendidos como sinal ou classificador. Os dados foram obtidos a partir de entrevistas realizadas com surdos que frequentam Centro de Ensino de Apoio à Pessoa com Surdez Professora Maria da Glória Costa Arcangeli – CAS, a fim de que se discutisse o fato de que essa comunidade se organiza em torno o debate que Eckert (2000) levanta sobre comunidades de práticas, já que compartilham repertórios de práticas, incluindo as linguísticas. Seriam, como se propõe neste estudo, uma comunidade de práticas surda. O aparato teórico-metodológico é o da Sociolinguística Variacionista (Labov, 2008[1972]), e dos estudos sobre a língua de sinais (Stokoe, 1960; Quadros; Karnopp, 2004). Neste estudo, verificou-se que os grupo de homens foram mais inovadores, enquanto as mulheres foram mais conservadoras. Para os itens que possuem registro no dicionário, os informantes do ensino superior, em sua maioria, tiveram maior recorrência no uso destes sinais. Informantes com ensino médio e informantes da faixa etária 2 utilizaram formas mais icônicas na produção dos itens. Este trabalho contribui, portanto, teoricamente, porque traz para o centro do interesse a discussão em torno de variante de uma mesma variável em Libras, e critérios para se estabelecer se é uma variação lexical, variante de uma mesma variável, ou classificador, além de contribuir com a noção de comunidade para estudos sociolinguísticos de línguas sinalizadas e, metodologicamente, propõe-se um desenho para se estudar descrição sociolinguística de dados oriundos de línguas de sinais em comunidades surdas.
Abstract: Understanding that sign languages undergo processes of variation and linguistic change, just like other natural languages, this study analyzes variation in the signing of lexical items within the semantic fields of animals, food, social interaction, colors, the human body, fruits, professions, and clothing and accessories by deaf individuals residing on the island of São Luís, in Maranhão. This research takes into account the social characteristics of the participants, aiming to verify whether variation exists in the signing of the aforementioned semantic fields, allowing for the observation of whether different ways of signing the same referent constitute a phenomenon of lexical variation—indeed, as variants of the same variable—or whether, on the contrary, they should be understood as a sign or classifier. The data were collected through interviews with deaf individuals who attend the Center for Education and Support for Deaf Individuals Maria da Glória Costa Arcangeli – CAS, in order to discuss how this community aligns with Eckert's (2000) concept of communities of practice, as they share repertoires of practices, including linguistic ones. As proposed in this study, they would constitute a deaf community of practice. The theoretical-methodological framework is based on Variationist Sociolinguistics (Labov, 2008 [1972]) and studies on sign language (Stokoe, 1960; Quadros & Karnopp, 2004). This study found that men were more innovative, while women were more conservative. For items that have dictionary records, higher education informants mostly exhibited greater recurrence in the use of these signs. Informants with a high school education and those in age group 2 used more iconic forms in their production of the items. This study contributes theoretically by bringing to the forefront discussions on variants of the same variable in Brazilian Sign Language (Libras) and criteria for determining whether a variation is lexical, a variant of the same variable, or a classifier. Additionally, it contributes to the concept of community in sociolinguistic studies of signed languages. Methodologically, it proposes a framework for sociolinguistic description of data from sign languages in deaf communities.
Palavras-chave: Libras;
Variação Lexical;
sociolinguística;
São Luís.
Brazilian Sign Language;
Lexical Variation;
sociolinguistics;
São Luís.
Área(s) do CNPq: Análise Lingüística
Sociolingüística
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade Federal do Maranhão
Sigla da instituição: UFMA
Departamento: DEPARTAMENTO DE LETRAS/CCH
Programa: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS - Campus Bacabal
Citação: AZEVEDO, Renan Pires. A língua brasileira de sinais na ilha de São Luís: um estudo sociolinguístico de variação lexical. 2025. 262 f. Dissertação (Programa de Pós-Graduação em Letras - Campus Bacabal) - Universidade Federal do Maranhão, Bacabal, 2025.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/6310
Data de defesa: 26-Mar-2025
Aparece nas coleções:DISSERTAÇÃO DE MESTRADO - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS - CAMPUS BACABAL

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