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Tipo do documento: Dissertação
Título: O exílio do escritor: a escrita como ato solitário em Jean-Paul Sartre e Clarice Lispector
Título(s) alternativo(s): L’exil de l’écrivain : l’écriture comme acte solitaire chez Jean-Paul Sartre et Clarice Lispector
Autor: HERNANDEZ, Tainnara Cristina Pinheiro 
Primeiro orientador: OLIVEIRA, Rita de Cassia
Primeiro membro da banca: OLIVEIRA, Rita de Cassia
Segundo membro da banca: FONTENELLE, Plínio Santos
Terceiro membro da banca: COSTA, Solange Aparecida de Campos
Resumo: A Filosofia e a Literatura participaram de momentos singulares na história, sempre ultrapassando as barreiras impostas pela sociedade quanto a sua importância e a sua relevância para o desenvolvimento do conhecimento. Em vista disso, essa dissertação possui um caráter interdisciplinar que visa mostrar uma relação entre a filosofia e a escrita literária. Para tanto, esta pesquisa teve o intuito de identificar a escrita como um ato solitário no filósofo francês Jean-Paul Sartre e na literata brasileira Clarice Lispector. Sartre e Clarice foram lançados no mundo literário e se puseram a se comunicar com o mundo por meio da literatura. Contudo, o que seria escrever? Para Jean-Paul Sartre, em sua obra Que é a Literatura?, é já agir no mundo, na maneira de modificá-lo, sendo o escritor engajado com os temas do seu tempo, não permitindo que as pessoas ignorem o mundo - seus problemas - e se considerem inocentes ao fazê-lo, nesse sentido o engajamento literário tem uma obrigação com o mundo em relatar os problemas que o cercam, assim, o homem deve saber o que falar, qual o seu propósito para com o discurso proferido e uma vez engajado no universo da linguagem, o escritor não poderia deixá-lo. Clarice sente a necessidade de ser envolta na literatura, sentindo a escrita como parte dela e como a coisa que a mantém viva e sã. A escrita em Lispector permeia o consciente e o inconsciente, sendo o primeiro quando ela está escrevendo e notando as coisas a sua volta; enquanto o segundo é seu estado de espírito quando não está escrevendo. Entretanto, para Lispector a sua escrita não pode transformar o mundo e se exime da responsabilidade social. Nessa perspectiva, trata-se de uma investigação de cunho autobibliográfico e filosófico tendo como referencial principal As palavras, O ser e o Nada e Existencialismo é Humanismo de Jean-Paul Sartre, e Um Sopro de Vida, de Clarice Lispector, tendo em vista que, a partir da relação entre o pensamento sartreano com a obra lispectoriana poderemos identificar a escrita como um ato solitário para ambos os autores. Ademais, esse estudo irá constituir-se em uma pesquisa qualitativa a ser desenvolvida através da análise hermenêutica dos conceitos centrais apontados.
Abstract: La philosophie et la littérature ont eu leur part dans des moments singuliers de l’histoire, surmontant à chaque fois les entraves posées par la société quant à leur importance et leur pertinence pour le développement du savoir. Pour cette raison, cette dissertation revêt um caractère interdisciplinaire qui a pour ambition de montrer les liens entre la philosophie et l’écriture littéraire. Pour ce faire, l’auteure s’est attachée à identifier l’écriture en tant qu’acte solitaire chez le philosophe français Jean-Paul Sartre et chez l’écrivaine brésilienne Clarice Lispector. Sartre et Clarice ont été propulsés dans le monde littéraire et se sont mis à communiquer avec le monde au moyen de la littérature. Mais, que serait donc écrire ? Pour Jean-Paul Sartre, dans Qu’est-ce que la littérature ? c’est déjà agir dans le monde, dans la façon de le changer, l’écrivain s’engageant sur les questions de son temps, ne permet pas au public d’ignorer le monde – ses problèmes – ni de se considérer innocent s’il persiste à le faire. En ce sens, l’engagement littéraire l’oblige vis-à-vis du monde à montrer les problèmes qui l’entourent, et ainsi l’Homme doit savoir que dire, quelle est sa position par rapport au discours ainsi proféré et, une fois engagé dans l’univers du langage, l’écrivain ne saurait l’abandonner. Clarice ressent le besoin d’être plongée dans la littérature, car elle perçoit l’écriture comme une partie d’elle-même et comme ce qui la maintient en vie et en bonne santé. L’écriture chez Lispector imprègne le conscient et l’inconscient, le premier quand elle écrit et note ce qui se passe autour d’elle ; Le second correspond à son état d’esprit quand elle n’est pas en train d’écrire. Toutefois, pour Lispector, son écriture ne peut transformer le monde et elle s’exempt de responsabilité sociale. Nessa perspectiva, cette dissertation est une enquête à caractère bibliographique, d’analyse de contenu philosophique et littéraire, dont les références majeures sont Les mots, L’être et le Néant et L’existentialisme est un humanisme de Jean-Paul Sartre, ainsi que Um Sopro de Vida, de Clarice Lispector, dans la mesure où, à partir de la relation entre la pensée sartrienne et l’œuvre lispectorienne, on pourra identifier l’écriture comme un acte solitaire pour les deux auteurs.
Palavras-chave: filosofia;
existencialismo;
literatura;
solidão;
escrita.
philosophie;
existentialisme;
littérature;
solitude;
écriture.
Área(s) do CNPq: Filosofia
Análise Lingüística
Ciências Humanas
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade Federal do Maranhão
Sigla da instituição: UFMA
Departamento: DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA/CCH
Programa: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA - PPGFIL
Citação: HERNANDEZ, Tainnara Cristina Pinheiro. O exílio do escritor: a escrita como ato solitário em Jean-Paul Sartre e Clarice Lispector. 2024. 91 f. Dissertação (Programa de Pós-Graduação em Filosofia - PPGFIL) - Universidade Federal do Maranhão, São Luís, 2024.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/5696
Data de defesa: 31-Out-2024
Aparece nas coleções:DISSERTAÇÃO DE MESTRADO - MESTRADO EM FILOSOFIA

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